Mas não, não quero falar de culpas. Escrevo-te como uma pessoa desarmada, que já não espera nada da vida, que deixou de acreditar nas pessoas, que já não sente nada para além de cansaço. Odeio admitir que me fazes falta. Ouviste, Alexandre? FAZES-ME FALTA. Fazes-me falta como namorado, e como amigo. E gosto de ti, e sofro, e choro. E prometi, mais uma vez, a mim mesma, nunca mais cair nem chorar por ti, e aqui estou eu. Desejo-te o melhor, porque, por muito que me custe admitir, tu mereces. Sabes o que te considero? Uma tatuagem. Porque, por mais tempo que passe, por mais agreste que o tempo se faça sentir, por mais água que se ponha em cima, não sai. Não adianta fechar os olhos, bater com o pé, como quem afasta os fantasmas que os atormentam. Não adianta quantas blusas pomos, não adianta qualquer tipo de movimento, pensamento, desejo. Querias uma confissão? Querias que admitisse? Aqui estou eu a admitir. E sabes que mais? Eu AMO-TE.
P.S. : Lembraste que, num dia, estavamos constantemente a mandar músicas um ao outro? Toma, deixo-te aqui com esta. Visto que foi com ela que eu, finalmente, aceitei e interiorizei o facto de já não saires de mim.
Someone like you - Adele
Rita Monteiro, 3:40h