domingo, 16 de dezembro de 2012

Elias & Patrik

"Porque eu só quis que tu quisesses acordar"

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Elias *

Entro, fecho a porta calmamente, e o mundo desaba. Dentro destas quatro paredes, choro. Choro perdidamente tudo o que não posso chorar fora delas. Há muito tempo que não sentia este apertão tão angustiante, tão forte que me deixa sem ar. Já me levantei umas quantas vezes para ir vomitar. Nervos, bem sei. Passamos a vida a ignorar palavras que deveriam ser ditas vezes sem conta, magoamos os outros, mentimos, escondemos, somos egocêntricos, vezes e vezes sem conta. Esquecemo-nos é que a vida é demasiado rápida e nem sempre temos tempo de dizer o que realmente queremos dizer. O tempo não perdoa, não recua nem pára. Ou fazes tudo o que te apetece fazer no momento, ou podes nunca mais ter essa oportunidade. Aqui falo, claramente, da falta de alguém que já não pode ler isto, que já não está cá, que já não sente, não ouve, não vê. É uma dor tão grande que não me cabe no peito, tão pesada que não partilho com ninguém, tão dura e cruel que prefiro guardar para mim. Sem nos darmos conta, a vida passa por e para nós. Silêncios, a nossa vida é feita de silêncios, de medos, de recordações que ficam, de partes que se apagam da nossa memória sem pedir autorização. E tantas e tantas vezes, nessas partes, vão pessoas, palavras, sentimentos. A vida é tão frágil, tão rápida. As palavras existem para serem ditas. Por favor, nunca deixem nada por dizer, nada por fazer. Escrevo-vos porque é no silêncio da noite que me sento e penso. Escrevo-vos porque gosto de vocês. Escrevo-vos porque marcaram a minha vida e fizeram parte da minha história. A história da nossa vida tem de ser sempre escrita, com todos os erros e acertos de humanos normais que somos. Está frio. Não, não é o frio normal de Inverno. Está frio no meu coração, tenho frio. E, pela primeira vez, as palavras não me saem... Que vazio tão grande que sinto no peito. As palavras estão a fazer um remoinho na minha cabeça, não as consigo ver claramente. Por isso, e sem mais, vos peço que nunca deixem nada por fazer, nada por dizer. Corram atrás, errem, caiam, levantem-se, limpem a cara e continuem. Nunca desistam de nada, porque ao fazerem-no, estão a desistir de vocês próprios e da vossa vida. E a vida é uma coisa tão preciosa.

domingo, 2 de dezembro de 2012

(Des)encontros

A verdade é que, na vida, tudo se encontra. Escolhas, decisões, atitudes encontram-se em ti, em mim, em cada um de nós. Encontram-se e não se preocupam na revolução de sentimentos e pensamentos que nos causam. Encontram-se em qualquer rua, em qualquer casa onde as pessoas se amaram, onde foram desvendados segredos, sentimentos. A vida é isso mesmo, um misto de encontros e desencontros. E, de facto, nada podemos fazer em relação a isso. Acho engraçado o conceito da palavra "meu" ou "minha". Na verdade, nem tu próprio és teu. Nem o teu coração é teu, é sempre, incondicionalmente, de outra pessoa. Mesmo que longe, mesmo que a 10 minutos de distância, mesmo que noutra cidade ou até do outro lado do Mundo. Percebes o que te digo? RPMonteiro

*

"Somos o avesso um do outro. Quando duvidas, paras, e eu sigo em frente. Quando tens medo, eu tenho vontade; quando sonhas, eu pego nos teus sonhos e torno-os realidade, quando te entristeces, fechas-te numa concha e eu choro para o mundo; quando não sabes o que queres, esperas e eu escolho; quando alguém te empurra, tu foges e eu deixo-me ir. Somos o avesso um do outro: iguais por fora, o contrário por dentro. Tu proteges-me, acalmas-me, ouves-me e ajudas-me a parar. Eu puxo por ti, sacudo-te e ajudo-te a avançar. Como duas metades teimosas, vivemos de costas voltadas um para o outro, eu sempre à espera que tu te vires e me abraces, e tu sempre à espera que a vida te traga um sinal, te aponte um caminho e escolha por ti o que não és capaz." MRPinto

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Tudo o que temos cá dentro - Daniel Sampaio

"Comprimidos engolidos à pressa, porque razão não chamei por ti, a certeza agora dos teus passos no corredor da minha casa, vens buscar-me e evitar que morra, oiço a tua voz a chamar, vejo já aquio que nunca fui capaz de te dar, amor, a poesia que escreves e nunca li, quero que pegues em mim e sejas meu abrigo. A escuridão em que me deixaste, roubou-me a vida."

*

"Maior espetáculo que o mar é o céu; maior espetáculo que o céu é a alma" - Victor Hugo

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

once again

Volto a sentar-me à tua frente. Obra do destino, ou opção das minhas amigas, não sei bem. 'Tás crescido!!!!! Lembro-me de ti e de quando ainda pouca ou nenhuma barba tinhas. Cruzas as mãos e soltas uma gargalhada tão tipicamente tua. Alta, estrondosa, barulhenta, alegre. Nunca me sentei a olhar para ti, assim, de longe. Consigo filtrar todos os sons e pessoas, e ficamos só nós dois. Pergunto-me se ainda me amas... Mas não, não vou exigir respostas, não te preocupes. [4:59h]

Em: Maddox Bar

Não sei ao certo o que escrever-te neste momento. Sei que sinto a tua falta, e isso basta-me. Basta-me a mim, não a ti. Não à tua falta de carácter ou personalidade forte, como lhe queiras chamar. Sinto falta que sintas a minha falta, sinto falta que gostes de mim ou até mesmo quando gozavas comigo, a brincar. Sempre a brincar. Sempre levaste as coisas a brincar. Nunca levaste nada a sério,e eu nunca exigi que me levasses a sério. E nunca exigi muito de ti. Talvez fosse esse o meu erro, o meu único erro. Não! Não foi esse! Foi sim gostar de ti, confiar em ti, acreditar em ti. Talvez seja bom isto tudo, talvez sirva para eu me tornar mais forte. Como pessoa, como mulher. Estou sentada, e tu nem me vês. Opção tua? Talvez. Não quero falar disso. Vi-te, e senti que (ainda) te pertenço. Vou para a perinuga, agora. Estou cansada de tantos talvez, se's, e mas. C*** nisso, é verão. [4:17h]

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Pois

"Ela será única. Tu conhecerás outras pessoas, terás um flashback com a sua ex namorada, terá uma nova namorada, mas ela continuará sendo a sua preferida. Provarás outros beijos, e te sentirás frustrado, algumas vezes, ao perceber que aquela loira linda da festa não beija tão bem assim. Passarás a mão noutros cabelos, alguns mais longos, outros mais curtos, mais cheios, mas de qualquer forma, sentirás falta dos cabelos dela, que de tão poucos se perdiam nos teus dedos. Sentirás outros perfumes, amadeirados, cítricos, doces, e sentirás falta do cheiro da pele dela, que tinha um cheiro tão bom que te fazia fechar os olhos e suspirar fundo. Chorarás, todas as noite, baixinho, sentindo a maior saudade que já sentiste em toda a tua vida. Olharás para os lados, verás a vida passando, e sentirás uma falta quase mortal da vida que ela te proporcionava todos os dias. Entenderás que a amavas. Entenderás que a amas. Entenderás que ela será eterna. E-T-E-R-N-A. Tu, ao conheceres outras com o mesmo nome, sentirás um aperto no peito ao dizer que esse nome é lindo, sentirás as tuas mãos tremerem ao lembrar que dizia que esse seria o nome da vossa filha. O teu telemóvel, ao tocar, após anos, após milhares de vezes, ainda desejará realizar uma ligação vossa, onde ela dirá que ainda te espera, e tu dirás que estás indo buscá-la, assim como num texto que um dia ELA escreveu. Irás ler, palavra por palavra de tudo que ELA escreveu um dia, e te surpreenderás ao ver que ela suplicava por ti. Vais sentir-te um idiota. Mas ela, ela continuará sendo única. Ela continuará sendo tua. Tu continuarás sendo dela. Mas a vida continuará. Ela fará um esforço descomunal para te esquecer, talvez, por alguns anos, ou até que toque a vossa música, conseguirá. Vai lembrar-se de vocês com uma pequena tristeza mas com um grande afeto, assim como ela sempre disse, tu ainda serás a escolha dela, mas infelizmente, a vida deu-lhe outras opções … Reticências, a tua vida será repleta delas, assuntos não terminados, desejos não obedecidos, o maior e único amor da sua vida, perdido pela sua incapacidade de amar alguém. Tu virás um dia para perto da casa dela, pensará uma, duas, três, mil vezes numa maneira de tentar encontrá-la, de descobrir se, após tantos anos, ela ainda irá morar ali. Ela, irá para perto da sua casa, passará na sua rua uma, duas, três, mil vezes, na intenção de que tu a vejas e digas : ” Finalmente “. Ela passará mesmo na tua rua, porque sempre foi mais decidida que tu. E tu ficarás só planejando.”

terça-feira, 31 de julho de 2012

Pois

"Levanta dessa cama garota. Anda! Sei que tá doendo, mas levanta. Coloca uma roupa. Passa a maquiagem. Arruma esse cabelo. Ajeita a armadura. Segura o coração. Sai por aquela porta. Enfrenta o vento. Sorri pro sol. Segura o coração. Olha pra ele. Passa reto. Não caia. Não caia. Engole o choro. Finge de morta quando ele falar com você. Seja fria. Continue andando. Enfrente seus problemas de cara. Reaja. Vai. Tá pensando que é só você que sofre? Tá enganada. Anda menina. Pára de ser infantil. A culpa não é de ninguém… Se apaixonou, agora segura. Anda. Seja forte. Seja feliz. Seja uma mulher."

segunda-feira, 30 de julho de 2012

L., again

Coração inquieto. Olhos fechados à assustadora realidade. Nó na garganta. Boca seca. Braços sem força. Cabeça vacilante. Pernas presas. Ok, sim, é amor.

sábado, 14 de julho de 2012

L

Volto a sentar-me e a escrever para ti. Porque gostava que soubesses o quanto me doi não te ter por perto, o quando arde e o quanto amargo é o sabor que me deixas-te em mim. Acordo todos os dias com o coração nas mãos, levanto-me, a muito custo, e vou para a casa-de-banho. Lavo a cara e fico que tempos a olhar-me ao espelho e a tentar perceber o que raio fiz mal. Esta rotina deixa-me sem forças, é esgotante não saber sequer como falar para ti. É esgotante não saber o que raio eu fui para ti. É esgotante não ter notícias tuas. E sinto raiva de não ter conseguido marcar a diferença, de não ter conseguido ser A tal. É absolutamente assustadora a maneira como fiquei dependente de ti. Isto não podia ter acontecido. Não tenho palavras, não me corre pinga de sangue quando dizem o teu nome. Não sei o que pensar.

*

Obrigado por nunca me deixares, princess!

For real

Chegas de mansinho. Fechas a porta devagar, como quem tem medo de acordar uma criança acabada de adormecer. Sentas-te à beira da cama, numa espera entediante até que eu acorde. Dás-me um beijo e voltas a sair. Porquê que é sempre assim? Porque queres tanto sair e entrar da minha vida, vezes e vezes sem conta? Não te percebo. Não percebo o que guardo dentro de mim que me faz querer-te tanto. Querer-te perto, querer-te comigo, querer-te em mim. Agarro-me aos livros, tentando afogar o meu coração. A verdade é que sempre que fecho os olhos, te vejo. E vejo sempre o mesmo filme. Sonho. Depois acordo e vejo que não passou disso, um sonho. Um sonho que é meu e que tu tentas destruir, fazendo as mais pequenas coisas que me magoam e me fazem chorar, desconsoladamente. E não consigo tirar-te de mim, não consigo deixar de pensar em ti. Doi muito querer-te tanto.

quinta-feira, 15 de março de 2012

:)

A.


Gosto de ti. Gosto do modo como ris, descompassadamente. Gosto de sentir-te. Gosto dos teus olhos. Gosto do teu toque. Gosto da maneira como chegas e da maneira como vais. Gosto da maneira como nunca desististe de mim. Gosto da maneira como eu nunca desisti de ti. Gosto de pensar em ti, de sonhar contigo. Gosto de falar contigo. Gosto de sentir-te perto, gosto da porta de casa da minha avó, gosto da maneira como me agarras, gosto da maneira como me mordes. Gosto de saber como correm os teus dias e gosto de fazer parte deles. Gosto do facto de nunca deixares que ninguém me apague da tua vida. Gosto de, quando acordo, ter uma mensagem tua. Gosto de deixar-te sem palavras. Gosto dos teus lábios e da maneira perfeita e nada comum como se encaixam nos meus. Gosto de saber que somos NÓS, outra vez. Gosto de saber que gostas de mim. Gosto da maneira como planeamos as coisas, 6 meses antes. Gosto das nossas diferenças. Sabes porquê? Os opostos não se atraem, as diferenças é que se completam. Prometo, PROMETO, que vou tratar melhor de ti, desta vez. Amo-te, muito, muito, muito.

quinta-feira, 8 de março de 2012

(:

" Mas o amor é mesmo assim: absoluto, estúpido e tudo menos sensato "


always

domingo, 4 de março de 2012

:)



Hoje só me apetece mandar-te para o c%#*\$", por isso... PÓ CRLH!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Filipe Militão



Nunca desistes de mim, nem quando te chamo de chato e digo que está tudo bem. Obrigado por me amparares as quedas quando mais ninguém vê que estou a cair. Porque, no final de contas, amizade... AMIZADE É MESMO ISSO.

quinta-feira, 1 de março de 2012

fuck, yeah!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Pois.




" A todos os que, invariavelmente, fazem o melhor que podem, o pior não acontecerá "

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Para sempre.







" A ausência deles é um vazio igual à morte "

sábado, 18 de fevereiro de 2012

La plage

Aqui estou eu, na praia. E lá ao fundo uma linha se forma, na fusão do mar com o céu. E é por isso que te escrevo. Porque todas as incertezas se batem em e sobre mim, como as ondas vão de encontro à areia, às rochas. Gosto de pensar em ti, enquanto aqui estou. E gosto de sentir os pés enterrarem-se sobre a areia. Gosto de ficar aqui sentada, a escrever-te. Porque, pela primeira vez, és só tu, eu e este papel. Não penses que te escrevo porque te quero baralhar ou porque quero estragar o que agora construiste (já sei que foi bem aceite na família, fico feliz, a sério.). Escrevo-te porque sabes que isto é o meu único refúgio, escrevo-te porque entendes as mensagens subentendidas, nos meus textos. És dos únicos que o consegue fazer, acreditas? Não te parece irónico que, depois de tanto tempo, ainda o consigas fazer? Uma leve brisa bate-me na cara e faz os meus cabelos moverem-se ao sabor do vento. E eu fecho os olhos e só apareces tu. Tu e o meu querido peluche. Discuti com a minha mãe. Queria deitá-lo fora. "Estás maluca, mãe! O peluche é meu e eu quero-o! , dizia-lhe. E ela respondia-me: "Só te está a fazer mal!". Fingi que não ouvi e virei costas. Há qualquer coisa que me leva ao teu encontro, a procurar-te nos meus sonhos. Há qualquer coisa que me impede de ver-te, quando mais quero e preciso. Queria deixar-te de escrever, mas é-me impossível. Eu sei que já perdi toda a magia, para ti. Tenho andado distante, fria. E isso deixa-me com vontade de chorar. Tenho medo de não conseguir voltar a amar. Porque eu já não consigo ver um pôr-do-sol e não pensar em ti e na maneira como me agarravas. Se fechar os olhos com muita força, ainda consigo sentir os teus braços À volta do meu corpo, quase inerte de tanta satisfação. E só Deus sabe o quanto isso me sabia bem, e só Deus sabe a vontade que me persegue de voltar atrás e agarrar-te com tanta força que nem Ele nem a essa coisa que apelidam de destino, te pudesse arrancar de mim. Podia ficar horas a escrever-te, como se a praia e o cheiro da maresia matinal fossem algum tipo de desinibidor. Pensei em arranjar um diário. Assim escrevia lá, e não aqui. Talvez fosse mais fácil para todos. Que te parece? A mim, sinceramente, parece-me justo.



P.S.: I love you


RPMonteiro, 10:59h

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Your Guardian Angel - The Red Jumpsuit Apparatus



When I see your smile
Tears run down my face I can't replace
And now that I'm stronger I've figured out
How this world turns cold and breaks through my soul
And I know I'll find deep inside me I can be the one
I will never let you fall
I'll stand up with you forever
I'll be there for you through it all
Even if saving you it sends me to heaven
It's ok. It's ok. It's ok.
Seasons are changing
And waves are crashing
And stars are falling all for us
Days grow longer and nights grow shorter
I can show you I'll be the one
I will never let you fall
I'll stand up with you forever
I'll be there for you through it all
Even if saving you it sends me to heaven
Cuz you're my, you're my, my true love, my whole heart
Please don't throw that away
Cuz I'm here for you
Please don't walk away,
Please tell me you'll stay, stay
Use me as you will
Pull my strings just for a thrill
And I know I'll be ok
Though my skies are turning gray
I will never let you fall
I'll stand up with you forever
I'll be there for you through it all
Even if saving you it sends me to heaven
I will never let you fall
I'll stand up with you forever
I'll be there for you through it all
Even if saving you it sends me to heaven









Right one

Gostava de escrever-te qualquer coisa diferente, qualquer coisa que conseguisse prender-te a respiração. Peço-te que leias esta carta como se eu te escrevesse em voz baixa. Nunca sentimos necessidade de demonstrar o nosso amor, neste dia. Aliás, nunca precisamos de o demonstrar a terceiros. Mas, por sentir que te estou a perder e por sentir que me perco e me afundo em ti, ao mesmo tempo, decidi escrever-te. Às vezes, discutiamos. O que eu nunca te disse foi que não me importava. Era sinal que gostávamos um do outro, assim creio. E, mais cedo ou mais tarde, acabávamos sempre a rir. O amor não é, ou não devia ser, só em dias como este. O amor está em cada palavra, em cada abraço apertado depois de um dia cansativo, em cada olhar naquele jantar chato mas importante. E eu ainda sinto, e sei que tu também, os nossos risos altos e exageradamente alegres, nas ruas, por onde passávamos, sempre juntos. Ríamos como loucos! Já disse, e volto a dizer, que o que se passou entre nós não foi um erro, foi uma aprendizagem. E já disse também, e volto a dizer as vezes que forem precisas, que és como uma tatuagem. Porque, por mais agreste que o tempo se faça sentir, por mais que o sol teime em queimar-me a pele, esta ainda com vestígios de sal, por mais pessoas que entrem e saiam da minha vida, nunca se vai apagar. Nunca vou conseguir apagar-te. Não é que eu queira, é só que era mais simples e menos doloroso. Por isso, meu querido, e por muito mais, te entrego esta carta. Guarda-a junto ao coração, como sempre o fizeste. E lembra-te de mim, lembra-me de ti.

F.Bicho

Obrigado por tornares os meus dias menos escuros. Amo-te, muito.

Dia D do coração

Gostava de escrever-te algo diferente. Gostava de poder dizer-te que já te esqueci. Não, não leias assim. Gostava de poder dizer que estou feliz por ti. E estou, mesmo. Fico feliz por saber que estás bem, com outra pessoa. E que, mais cedo ou mais tarde, vais amá-la da mesma maneira ou talvez até mais, do que a mim. Não posso dizer que gosto da ideia e que não me afecta, porque iria estar a mentir. Participei num concurso de escrita. Consistia em escrever uma carta. Mas sobre essa, vais depressa saber. Visto que o concurso foi em Campo Maior, e, como sabes, as notícias correm depressa. Lógico que sabes do que se trata. Por incrível que pareça, as palavras não me saem como antes. Não sei se é por achar que ia ser sempre a tua "one and only", se é porque, pela primeira vez, estou a reagir aos meus problemas, sozinha. Sim, sozinha. Sempre fui muito ligada a ti, sempre precisei de ti para conseguir encarar os azares da vida. E continuo a precisar. Mas já não sou egoísta ao ponto de te "prender" à minha vida. Afinal, é sempre preciso partir. Para se aprender a viver, para tu aprenderes a amar, outra vez. Quero-te muito, demasiado, bem. Não vou mentir-te, ainda gosto de ti. Mas, por gostar de ti, só quero ver-te bem. E, se não é comigo, pelo menos que seja com alguém que mereça. Sobre isso, eu não vou falar. Não tenho esse direito. Só quero que saibas, se ainda vens aqui, ao meu blog, que te desejo a maior e a melhor sorte do mundo. Porque, de facto, mereces. E não me trates com desprezo, porque eu não mereço. E não precisas de andar sempre desconfiado, eu não fiz, nem nunca vou fazer nada que atrapalhe a tua, a vossa, relação. Nós, mulheres, sentimos as coisas. E eu sinto que tu sentes muito carinho por ela. E que vais cuidar dela, e que vais sempre zelar pelo bem dela. E ainda bem. Já tentei obrigar-me a gostar de alguém, mas não consigo. Acho que vou sempre amar-te. Por muito que eu não queira.



"E o sangue arrefeceu, e o meu pé aterrou. Minha voz sussurrou: o meu sonho morreu. Dá-me o mar, o meu rio, a minha estrada. O meu barco vazio, na madrugada. Vou deixar-te no frio, da tua fala. Sobre a pele que há em mim, tu não sabes nada"

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

MS

Este é talvez o texto mais leve e sincero que alguma vez escrevi. E digo isto porque, pela primeira vez, não consigo sentir ódio, tristeza, revolta. Escrevo para ti, porque me tornaste uma pessoa melhor. Porque por mais que eu te tentasse afastar, nunca desististe de mim e conseguiste fazer-me ver que o passado está onde deve estar e tu és, agora, o meu presente. Escrevo para te agradecer por me ensinares a amar, no verdadeiro e mais puro sentido da palavra. Sem segundas intenções, sem guerras, mentiras, traições. Sempre te contei tudo de mim, sempre te disse que não ia gostar de ninguém nunca mais. Enganei-me. Gosto de ti, muito. Gosto de mim, quando estou contigo. Gosto daquilo que me tornaste, gosto de gostar de ti. É estranhamente bom, nunca me senti assim. Já não sinto ódio, como se houvesse em ti algum tipo de magia. Quando o dia me corre mal, sabes chegar ao meu pé de mim e dar-me um abraço tão apertado e tão bom. É íncrivel, é estranho, é bom, é único, é poderoso. Nunca quiseste ter poder sobre mim, mas a verdade é que o tens. God, que loucura! A verdade é que me fazes feliz, como nunca fui. Fazes-me querer parar o tempo, e ficar a olhar para ti. Só olhar. És lindo, sabias? E, pela primeira vez na vida, sei que posso confiar, com tudo o que tenho, em alguém. Sempre me disseste "you never know, if you never try. to forget your past, and simply be mine". Obrigado pelo tempo que me deste, obrigado por não desistires de mim, obrigado por gostares de mim, obrigado por fazeres este ano valer a pena, obrigado por seres tu e por me deixares ser eu. Obrigado por nunca exigires demasiado de mim, obrigado por me deixares gostar de ti. Obrigado por ocupares o espaço que, pelos vistos, estava guardado para ti. Yeah, baby, i'm in love with you.


RPMonteiro