sábado, 16 de julho de 2011

Às vezes gostava de poder tomar um comprimido que fizesse parar esta vontade, ansiedade e necessidade absurda que tenho em continuar a escrever para ti. Os comprimidos não curam doenças, aliviam dores? Pode ser que curem a doença do amor que tenho por ti e as dores que isso causa. Sei que lês isto, e ainda bem. Desculpa continuar a escrever para ti, mas é uma maneira de te mostrar o que me vai cá dentro. E desculpa usar o blog como "morada". Já reparaste que isto, ESTE simples BLOG, nos consegue manter ligados? Talvez isto seja um refúgio, um porto de abrigo para os dois, talvez pela nossa falta de coragem de nos encararmos. Sei que sabes que não iríamos resistir. Admito, admito que a culpa, em certa parte, também foi minha. Foi pela minha falta de coragem e pela falta de confiança em ti.
Mas não, não quero falar de culpas. Escrevo-te como uma pessoa desarmada, que já não espera nada da vida, que deixou de acreditar nas pessoas, que já não sente nada para além de cansaço. Odeio admitir que me fazes falta. Ouviste, Alexandre? FAZES-ME FALTA. Fazes-me falta como namorado, e como amigo. E gosto de ti, e sofro, e choro. E prometi, mais uma vez, a mim mesma, nunca mais cair nem chorar por ti, e aqui estou eu. Desejo-te o melhor, porque, por muito que me custe admitir, tu mereces. Sabes o que te considero? Uma tatuagem. Porque, por mais tempo que passe, por mais agreste que o tempo se faça sentir, por mais água que se ponha em cima, não sai. Não adianta fechar os olhos, bater com o pé, como quem afasta os fantasmas que os atormentam. Não adianta quantas blusas pomos, não adianta qualquer tipo de movimento, pensamento, desejo. Querias uma confissão? Querias que admitisse? Aqui estou eu a admitir. E sabes que mais? Eu AMO-TE.

P.S. : Lembraste que, num dia, estavamos constantemente a mandar músicas um ao outro? Toma, deixo-te aqui com esta. Visto que foi com ela que eu, finalmente, aceitei e interiorizei o facto de já não saires de mim.

Someone like you - Adele




Rita Monteiro, 3:40h

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