sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A.E.

" I can't keep up with your turning tables.
Under your thumb, i can't breathe.
So i won't let you close enough to hurt me.
No, i won't ask you, you to just desert me.
I can't give you what you think you gave me.


IT'S TIME TO SAY GOODBYE TO TURNING TABLES "

domingo, 14 de agosto de 2011

Francisco

Estive a ler os textos antigos e reparei que nunca escrevi para ti, meu pequenino. Quando nasceste, senti que me tinhas roubado a pessoa que tinha a certeza que iria ficar comigo, para sempre. Não te aceitei, não gostei de ti, não te senti como parte da minha família. Era uma miuda ainda, embora isso nada justifique. E, hoje, sou perdida de amor por ti. Tenho medo, sabes? Tenho medo dos preconceitos que vais ter de enfrentar, dos problemas com os quais vais ter de lidar como se fosses um estranho, como se não tivesses a anatomia perfeita de qualquer ser humano. Desculpa se às vezes fico irritada e exigo demais de ti. Mas só tento preparar-te para o futuro que, para ti, infelizmente, vai ser muito mais duro. Tens 4 anos, quase 5. Foram os melhores 5 anos da minha vida, embora antes não lhe tenha dado o devido valor. És o meu menino, vou proteger-te sempre. Vou dar-te o melhor de mim, vou dar-te colo sempre que precisares, vou limpar-te as lágrimas sempre que alguém se meta contigo, vou até ao fim do mundo, se isso me pedires. Obrigado, obrigado por me deixares amar-te, obrigado por seres a minha força, a minha coragem, a minha vontade, obrigado por cada birra que fazes, obrigado por cada carinho que me dás, obrigado por me ajudares a crescer, obrigado por seres a minha luz ao fundo do túnel, no final do dia. E desculpa esta tua tia chorona e estupida que não te soube dar o devido valor, desde o início. Sei que ainda vamos ser muito cumplices, Francisco. Sinto-o. Vou estar sempre presente na tua vida, vou sempre apanhar-te quando ninguém notar que estás a cair. És um exemplo, és lindo e és meu.

RPMonteiro

sábado, 13 de agosto de 2011

Pôr-do-sol

Pôr-do-sol. Há alguma coisa mais real que isso? Há alguma coisa que mais nos faça reflectir? Sobre mim, sobre ti, sobre a vida que escolhi para mim? Não vou mentir(-te). Tenho saudades e sentimentos por ti, ainda. Mas já não os considero maus, porque já não me magoam. Como se, agora mais que nunca, tivesse aceite que foste parte da minha vida. E, efectivamente, foste. Mas não foste desilusão, foste uma aprendizagem. Como se me tivesses ensinado a escolher, a amar e a aceitar que o príncipe encantado não existe, e as histórias encantadas nem sempre têm finais felizes. Porém, tudo acaba bem. O sol, no dia seguinte, volta a nascer e, com ele, nasce uma nova esperança em cada um de nós. Nos soldados, a esperança de voltar para casa, pelo próprio pé. Nas crianças, a esperança de voltar a passar na tal loja e levarem, para casa, o tão desejado brinquedo. Disseste-me, certo dia, que escrever era uma coisa nossa. Erro! Escrever é uma coisa MINHA, não tua, não nossa. O meu livro está quase acabado e existem duas personagens muito parecidas connosco. Obviamente com final bem diferente. Peço-te que sempre que precises de falar sobre mim, fá-lo comigo. Não procures respostas em quem não sabe cada segundo da nossa história. Vão fazer com que guardes raiva de mim. E, por favor, não o faças. Eu não me vou obrigar a deixar de gostar de ti. Quando isso tiver de acontecer, acontece. Meu Deus, como gostava que estivesses aqui, comigo, a ver o sol desaparecer suavemente no horizonte e a deixar-me sempre com vontade de guardar para sempre esta imagem. Já alguma vez viste o pôr-do-sol e pensaste em tudo o que aqui te escrevo?

P.S.: I love you