sábado, 13 de agosto de 2011

Pôr-do-sol

Pôr-do-sol. Há alguma coisa mais real que isso? Há alguma coisa que mais nos faça reflectir? Sobre mim, sobre ti, sobre a vida que escolhi para mim? Não vou mentir(-te). Tenho saudades e sentimentos por ti, ainda. Mas já não os considero maus, porque já não me magoam. Como se, agora mais que nunca, tivesse aceite que foste parte da minha vida. E, efectivamente, foste. Mas não foste desilusão, foste uma aprendizagem. Como se me tivesses ensinado a escolher, a amar e a aceitar que o príncipe encantado não existe, e as histórias encantadas nem sempre têm finais felizes. Porém, tudo acaba bem. O sol, no dia seguinte, volta a nascer e, com ele, nasce uma nova esperança em cada um de nós. Nos soldados, a esperança de voltar para casa, pelo próprio pé. Nas crianças, a esperança de voltar a passar na tal loja e levarem, para casa, o tão desejado brinquedo. Disseste-me, certo dia, que escrever era uma coisa nossa. Erro! Escrever é uma coisa MINHA, não tua, não nossa. O meu livro está quase acabado e existem duas personagens muito parecidas connosco. Obviamente com final bem diferente. Peço-te que sempre que precises de falar sobre mim, fá-lo comigo. Não procures respostas em quem não sabe cada segundo da nossa história. Vão fazer com que guardes raiva de mim. E, por favor, não o faças. Eu não me vou obrigar a deixar de gostar de ti. Quando isso tiver de acontecer, acontece. Meu Deus, como gostava que estivesses aqui, comigo, a ver o sol desaparecer suavemente no horizonte e a deixar-me sempre com vontade de guardar para sempre esta imagem. Já alguma vez viste o pôr-do-sol e pensaste em tudo o que aqui te escrevo?

P.S.: I love you

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