sábado, 14 de julho de 2012

For real

Chegas de mansinho. Fechas a porta devagar, como quem tem medo de acordar uma criança acabada de adormecer. Sentas-te à beira da cama, numa espera entediante até que eu acorde. Dás-me um beijo e voltas a sair. Porquê que é sempre assim? Porque queres tanto sair e entrar da minha vida, vezes e vezes sem conta? Não te percebo. Não percebo o que guardo dentro de mim que me faz querer-te tanto. Querer-te perto, querer-te comigo, querer-te em mim. Agarro-me aos livros, tentando afogar o meu coração. A verdade é que sempre que fecho os olhos, te vejo. E vejo sempre o mesmo filme. Sonho. Depois acordo e vejo que não passou disso, um sonho. Um sonho que é meu e que tu tentas destruir, fazendo as mais pequenas coisas que me magoam e me fazem chorar, desconsoladamente. E não consigo tirar-te de mim, não consigo deixar de pensar em ti. Doi muito querer-te tanto.

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