sábado, 14 de julho de 2012

L

Volto a sentar-me e a escrever para ti. Porque gostava que soubesses o quanto me doi não te ter por perto, o quando arde e o quanto amargo é o sabor que me deixas-te em mim. Acordo todos os dias com o coração nas mãos, levanto-me, a muito custo, e vou para a casa-de-banho. Lavo a cara e fico que tempos a olhar-me ao espelho e a tentar perceber o que raio fiz mal. Esta rotina deixa-me sem forças, é esgotante não saber sequer como falar para ti. É esgotante não saber o que raio eu fui para ti. É esgotante não ter notícias tuas. E sinto raiva de não ter conseguido marcar a diferença, de não ter conseguido ser A tal. É absolutamente assustadora a maneira como fiquei dependente de ti. Isto não podia ter acontecido. Não tenho palavras, não me corre pinga de sangue quando dizem o teu nome. Não sei o que pensar.

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